Responsabilidade Civil em Caso de Ataque de Animal: O Que Todo Dono de Pet Precisa Saber

Responsabilidade Civil em Caso de Ataque de Animal: O Que Todo Dono de Pet Precisa Saber 

Ter um animal de estimação é uma grande alegria, mas também envolve deveres legais. Em caso de ataque a terceiros, o dono do animal pode ser responsabilizado civilmente, mesmo que tenha adotado medidas de precaução. Neste conteúdo, explicamos os principais pontos sobre a responsabilidade civil nesses casos, com base no Código Civil Brasileiro, e como o tutor pode se proteger juridicamente. 

O que diz a lei?

A responsabilidade civil por danos causados por animais está prevista no art. 936 do Código Civil, que estabelece que o dono ou detentor do animal responde objetivamente pelos prejuízos causados, independentemente de culpa. Isso significa que, ocorrendo o dano, o responsável deverá indenizar a vítima, ainda que não tenha agido com negligência ou imprudência. 

Exemplo: Se um cão morde um transeunte durante um passeio, mesmo estando na guia, o dono pode ser responsabilizado civilmente, independentemente de ter tido a intenção ou não de causar o dano. 

Presunção de falha na vigilância 

A lei presume que houve falha na guarda ou vigilância do animal. Cabe ao dono provar o contrário para afastar sua responsabilidade. Em geral, os tribunais têm entendido que o dever de vigilância é contínuo e exige condutas preventivas por parte do proprietário. 

Exceções à responsabilidade 

O proprietário só poderá se eximir da responsabilidade em casos específicos, como: 

  • Culpa exclusiva da vítima: Ex. invasão de propriedade ou provocação intencional ao animal; 
  • Força maior: eventos imprevisíveis e inevitáveis, como desastres naturais. 

Quais danos podem ser indenizados? 

Os danos decorrentes de um ataque de animal podem ser classificados como: 

  • Danos materiais: destruição de objetos ou bens; 
  • Danos morais: sofrimento emocional e psicológico decorrente do evento; 
  • Danos estéticos: lesões resultantes em cicatrizes ou deformidades permanentes. 

Como o dono pode se proteger legalmente? 

  1. Mantenha o animal sob vigilância constante, especialmente em locais públicos; 
  2. Use coleira e focinheira, se o animal apresentar comportamento agressivo ou for de raça que exige controle específico; 
  3. Evite que o animal tenha acesso a espaços externos sem proteção (como quintais abertos ou ruas); 
  4. Considere contratar seguro de responsabilidade civil para pets, que pode cobrir eventuais danos causados. 
Conclusão

A responsabilidade civil por ataques de animais é objetiva e visa proteger terceiros de danos. O dono tem o dever de vigilância e controle sobre seu animal, sendo responsável mesmo sem culpa direta. Conhecer seus deveres legais é essencial para evitar transtornos jurídicos e garantir a convivência harmônica entre humanos e animais.